Charlie Brown Jr.


Charlie Brown Jr.


Charlie Brown Jr. (também abreviada como CBJR) foi uma banda brasileira formada em Santos no ano de 1992. Misturou vários ritmos como o rock, hardcore, o reggae, o rap, o skate punk, criando um estilo próprio. Suas letras fizeram críticas à sociedade da perspectiva do universo jovem contemporâneo. Todos os membros da banda eram naturais da cidade de Santos, exceto o vocalista Chorão, que nasceu em São Paulo.

No dia 6 de março de 2013, o membro fundador Chorão faleceu em seu apartamento em São Paulo devido overdose em cocaína e junto de uma grande quantidade de álcool. Os membros remanescentes da banda decidiram não mais usar o nome Charlie Brown Jr, assim mudando-se para A Banca, na intenção de preservar a memória de Chorão com o antigo nome e homenageá-lo.

Começo de carreira

Em 1987, o então adolescente paulistano de apenas dezessete anos de idade Alexandre Magno se mudou para Santoslitoral de São Paulo, após uma infância difícil e traumática. Era mais conhecido pelo apelido de Chorão, passou a se interessar pela prática do skate. Um dia, em um bar local, substituiu por acaso o vocalista de uma banda, quando o mesmo precisou se ausentar devido a necessidades fisiológicas. Uma pessoa da plateia, ao vê-lo cantar, convidou-o para ser vocalista em sua banda. Quando o baixista da referida banda saiu, Chorão veio a conhecer Champignon, o novo baixista, uma criança de apenas doze anos na época, formaram então a banda What's Up. Tempos depois, Chorão e Champignon decidiram convidar o baterista Renato Pelado, egresso de bandas da cidade como Ecossistema, Jornal do Brasil, entre outros projetos. Mais tarde, Marcão e Thiago Castanho completaram a primeira formação da banda Charlie Brown Jr. A banda, ainda sem nome, continuou a se apresentar na cidade. "Fundei e batizei a banda com esse nome em 1992. Foi uma coisa inusitada. Trombei (literalmente) com uma barraca de água de coco que tinha o desenho do Charlie Brown, aquele personagem do Charles Schulz, mais conhecido por ser o dono do Snoopy. E o "Jr" é pelo fato de sermos filhos do rock", se explica Chorão pelo fato de a banda se considerar "filha" de uma geração de músicos e bandas como RaimundosO RappaNação Zumbi, ePlanet Hemp. A sonoridade do grupo tinha influências de grupos como Blink 182SublimeBad Brains311, misturando hardcore, skate e reggae O vocalista da banda, Chorão, era skatista, chegando a figurar nas melhores posições do ranking de diversos campeonatos brasileiros, e costumava apresentar-se nos shows em cima de um skate. Por volta de 1993, já com esta formação da banda, começaram a tocar no circuito underground de Santos e São Paulo e a fazer shows em vários eventos de skate. As primeiras apresentações do quinteto aconteceram em Santos e São Paulo, especialmente em campeonatos de skate.
Uma fita demo foi entregue a Rick Bonadio, presidente da Virgin Records no Brasil e produtor dos Mamonas Assassinas, que se interessou pelo grupo e os contratou. De uma demo de três faixas surge o primeiro disco do grupo, produzido por Tadeu Patolla e Rick Bonadio com o selo da Virgin. Nasce então o álbum Transpiração Contínua Prolongada, título que segundo a banda retratava tudo que passaram para chegar onde chegaram. O disco vendeu por volta de 500 mil cópias e trazia uma forte influência também do funk. Foi bem recebido pelas rádios, que executaram faixas como "O Coro Vai Comê!", "Proibida pra Mim (Grazon)", "Tudo que Ela Gosta de Escutar" e "Gimme o Anel". Na época, o baixista Champignon era menor de idade. Consequentemente, sempre que a banda se apresentava em casas noturnas, era necessária uma autorização judicial para que o jovem baixista acompanhasse o grupo.

Repercussão comercial


Em 1999, após a estreia promissora, o grupo voltou com Preço Curto... Prazo Longo, composto por 25 canções inéditas, entre elas "Confisco", "Zóio de Lula", "O Preço" e "Não Deixe o Mar te Engolir", que sedimentaram a boa recepção da banda e garantiram sua presença nas rádios. De 1999 a 2006, a canção "Te Levar" foi tema do seriado Malhação, da Rede Globo, fazendo com que a banda exposse seu trabalho às mais diferentes classes sociais. Com sua propagação na mídia, o grupo ganhou vários prêmios e chegou assim, por várias vezes, ao topo de grandes rádios espalhadas pelo país. Pouco antes de entrar no estúdio para gravar o terceiro álbum, a banda passou por uma forte crise interna, causada pelas brigas entre Chorão e Champignon, que quase encerrou a carreira.
Apesar das dificuldades, a evolução da fórmula hip hop/reggae/hardcore continuou em Nadando com os Tubarões, lançado em 2000, cujos destaques foram as faixas "Rubão - O Dono do Mundo" e "Não é Sério". O disco marcava a entrada de DJAnderson Faria como acompanhante fixo na turnê deste disco, que também contou com participações especiais, como o rapper Sabotage, a cantora Negra Li (na música "Não é Sério") e seu grupo RZO.
"Em 98, o Chorão foi ver o RZO tocar e depois foi ao camarim para nos fazer o convite para participar do disco do Charlie Brwon Jr."--Negra Li

Este disco apresentou uma sonoridade mais produzida e carregada se comparado aos dois primeiros álbuns, com algumas letras refletindo o momento delicado pelo qual Chorão estava passando, devido à morte do seu pai. No fim do ano, o Charlie Brown Jr. decidiu, junto com outras bandas, não participar do Rock in Rio - Por um Mundo Melhor por discordar do tratamento dispensado às bandas nacionais.
No fim de 2000, o guitarrista Thiago Castanho deixa o grupo alegando divergências pessoais. No mesmo ano, porém, a banda vence o Video Music Brasil, levando o prêmio "Escolha da Audiência" pelo clipe de "Rubão". Como um quarteto, o Charlie Brown Jr. assinou com a EMI para lançar 100% Charlie Brown Jr. (Abalando a sua Fábrica) , com canções novas. As faixas de maior destaque foram "Hoje eu Acordei Feliz", "Lugar ao Sol" e "Sino Dourado". Nesse álbum o grupo focou-se mais no rock e no hardcore, deixando um pouco de lado suas outras influêcias. Ao contrário do que fizeram nos 3 primeiros discos, optaram por gravar o novo trabalho ao vivo (método em que todos os músicos tocam ao mesmo tempo no estúdio), resultando em uma sonoridade mais crua. Em abril de 2002, uma apresentação da banda no Rio de Janeiro acabou em tumulto generalizado. Devido a uma briga, os integrantes da banda saíram do palco antes do previsto, causando revolta na plateia. Lojas e lanchonetes do parque Terra Encantada foram depredadas, porém não houveram feridos graves.
O título do quinto álbum, Bocas Ordinárias, se apropriou de uma expressão lusitana, devido ao sucesso do grupo em apresentações realizadas em Portugal. A fusão de estilos gerou novos hits, como "Papo Reto (Prazer é Sexo, O Resto é Negócio)" e "Só por uma Noite", "Bocas Ordinárias, Guerrilha!" e "Somos Poucos Mas Somos Loucos", além de uma versão de "Baader-Meinhof Blues", da Legião Urbana. Para este disco a banda optou por uma sonoridade mais polida, diferente do disco anterior.

Álbum acústico

Em 2003, chegou a vez do Charlie Brown Jr. gravar seu Acústico MTV. Entre os convidados, o grupo chamou Negra Li, Marcelo Nova e Marcelo D2, que participaram de versões de "Não é Sério" , "Hoje" (Camisa de Vênus) e de "Samba Makossa" (Chico Science & Nação Zumbi), respectivamente. Entre as regravações, a banda santista optou pelas canções "Proibida pra Mim", "Zóio de Lula", "Tudo que Ela Gosta de Escutar". O primeiro single foi a canção inédita "Vícios e Virtudes". O disco foi marcado pelo grande sucesso de vendas e mídia e, curiosamente, foi gravado enquanto a banda estava no auge da carreira, contrariando a tradição de retomar ao auge carreiras de outros artistas.
Durante a turnê acústica, em 2004, Chorão se desentendeu com Marcelo Camelo, do grupo Los Hermanos, quando as duas bandas se encontraram no aeroporto de Fortaleza antes da apresentação das mesmas no festival Piauí Pop daquele ano. O motivo teria sido uma suposta crítica à participação do Charlie Brown Jr. em um comercial para a Coca-Cola. O vocalista do grupo carioca processou Chorão por danos morais decorrentes da agressão, que acabou por quebrar o nariz do ex-integrante do Los Hermanos na sala de desembarque do vôo da Tam, sem êxito, visto que foi imputado a este culpa concorrente pelo acontecido.
Após mais de dois milhões de álbuns vendidos, o Charlie Brown Jr. lança em 2004 o sétimo disco da carreira, Tâmo Aí Na Atividade, que apresentou algumas inovações na parte sonora, como batidas eletrônicas e teve como músicas de trabalho as faixas "Tamo aí na atividade" e "Champagne e Água Benta".

Nova formação

No início de 2005, o vocalista Chorão foi surpreendido com o anúncio de que Marcão, Renato Pelado e Champignon estavam deixando o grupo, alegando divergências musicais. Contrariando as expectativas, Chorão apareceu com uma nova formação para o Charlie Brown Jr. O novo núcleo era baseado na cidade de Santos, onde a banda surgiu. Thiago Castanho, guitarrista que fez parte dos três primeiros discos da banda, retornou ao grupo. Dois novos músicos assumiram, respectivamente, a bateria e o baixo; André Ruas, conhecido como Pinguim; e Heitor Gomes, filho do contra-baixista Chico Gomes.
André Luís Ruas, o "Pinguim", ganhou seu apelido porque, quando mais novo, usava uma camiseta da marca de sorvete "Pingolé". Sua experiência musical vem da noite santista, tendo trabalhado com Thiago Castanho antes de ambos entrarem para a banda. Pinguim também era o responsável pelo beatbox que até então acompanhava os vocais de Chorão nas músicas do Charlie Brown Jr. Depois dos ensaios com o repertório antigo e depois de alguns show's em vários locais do país, Chorão, Thiago, Heitor e Pinguim fortaleceram os vínculos e encontraram a sintonia necessária para criar novas músicas.

Imunidade Musical (2005-2007)

O álbum Imunidade Musical é lançado em 2005 com destaque para o primeiro single "Lutar pelo que É Meu", além de "Cada Cabeça Falante tem sua Tromba de Elefante", com as participações de Rappin Hood e Parteum, do Mzuri Sana. Ainda neste ano, o Charlie Brown lança o DVD Skate Vibration, que mostra imagens da banda se apresentando em disputas de skate e imagens nos estúdios Digital Grooves e Midas Studios, onde gravaram o disco.
No DVD, além de uma apresentação ao vivo, estão os videoclipes que misturam imagens da banda Charlie Brown Jr. nos shows realizados em 2005, nas viagens e durante as gravações de seu oitavo álbum. Imunidade Musical, no qual a sonoridade do Charlie Brown Jr. foi restabelecida através de 23 faixas, se tornou um álbum emblemático na trajetória da banda. A canção "Lutar pelo que É Meu" substituiu "Te Levar" na abertura do seriado Malhação, de abril de 2006 até outubro de 2007.

Ritmo, Ritual e Responsa (2007-2009)

O nono álbum da carreira lançado pelo Charlie Brown Jr. foi entitulado de Ritmo, Ritual e Responsa. Trouxe 22 faixas inéditas e uma faixa bônus, e chegou às lojas no final de setembro de 2007. Produzido por Chorão e Thiago Castanho, possui letras com forte apelo urbano e que vão de encontros aos anseios da juventude, com direito a toques eletrônicos e a presença do rap. No dia 9 de abril de 2007 chegou às rádios do Brasil "Não Viva Em Vão", canção de Chorão e Thiago Castanho que foi escolhida como primeira música de trabalho. Logo em seguida é lançado o segundo, "Pontes Indestrutíveis", e posteirormente outra, a canção "Be Myself", que foi escolhida para fazer parte da trilha sonora da telenovela Duas Caras, exibida pela Rede Globo. Destaque também para o quarto single do álbum, "Uma Criança com Seu Olhar". No dia 23 de abril de 2008, foi divulgado no site oficial que o baterista André Ruas, o Pinguim, não fazia mais parte da banda. O motivo seria o fim do contrato que já estava se aproximando, sem que houvesse interesse de ambas as partes em renová-lo. Para o lugar de Pinguim, entrou Bruno Graveto, também de Santos.

Camisa 10 (Joga Bola até na Chuva) (2009-2011)

Depois de sete anos na EMI, a banda muda para a gravadora Sony Music. Com a produção de Rick Bonadio, que produziu bandas dos anos 1980, como Ira! e Titãs, artistas da mesma geração do Charlie Brown, como o Tihuana e CPM 22, e bandas da nova geração, como NX Zero e Fresno, a banda lança o álbum Camisa 10 (Joga Bola até na Chuva). O nome "Camisa 10", é um trocadilho por este ser o décimo álbum da banda. É o primeiro com o baterista Bruno Graveto. O disco possui a canção "O Dom, a Inteligência e a Voz" feita a pedido da cantora Cassia Eller, que Chorão fez para entrar no disco que a cantora iria fazer em 2002. Mas, 15 dias após a criação da música, Cássia faleceu. A canção "Me Encontra", foi lançada como primeiro single do álbum no final de julho de 2009.

Rompimento com a Sony, a volta de Marcão e Champignon e a saída de Heitor Gomes (2011)

No início de 2011, a banda gravou o CD e DVD ao vivo "Música Popular Caiçara", em Santos, que seria lançado pela gravadora da banda na época, a Sony Music. Durante a gravação do show, problemas ocorreram na organização do evento, o que para a banda foi gota d'água. Numa reunião, eles decidiram romper com a gravadora, passando a trabalhar de forma independente. Nessa época, Heitor Gomes ainda fazia parte da banda.
Após esse acontecimento, na edição 2011 do Viradão Carioca, no Rio de Janeiro, Chorão disse que tinha uma surpresa para o público, e que a banda não era mais formada por 4 integrantes, mas sim 5. Logo após isso, chamou Marcão para o palco, selando oficialmente sua volta ao grupo. Em julho daquele ano, o contrato com o baixista Heitor Gomes foi encerrado e saiu da banda de forma amigável, alegando buscar o sucesso independente, mais tarde se juntando à banda CPM 22. Com isso, Champignon voltava ao grupo, surpreendendo os fãs com um video postado no YouTube onde dizia: "Voltei pra ficar! Aqui é minha casa!". Após isso a banda passa a contar quase com sua formação original. Em entrevista dada no dia da morte de Chorão, Champignon afirmou que ele e Chorão brigaram algumas vezes na vida, mas felizmente puderam refazer a amizade.” "A gente tinha uma relação profissional. Apesar das muitas brigas, éramos amigos há mais de 20 anos".

Música Popular Caiçara (2012-2013)

Com os problemas com a antiga gravadora, o Música Popular Caiçara foi refeito em setembro de 2011, dessa vez, gravado em Curitiba e na cidade natal da banda. Com a produção de Liminha, o show conta com as participações especiais de Marcelo Falcão, vocalista d' O Rappa, Zeca Baleiro, e dos compositores baianos Marcelo Nova e Márcio Mello. Gravado de maneira independente, o DVD demorou cerca de 7 meses para ser lançado. Em maio de 2012, Música Popular Caiçara foi lançado com a distribuição do selo Radar Records, em comemoração aos vinte anos de carreira do grupo.

Nova briga com Champignon

Durante um show da turnê em Apucarana, no Paraná, Chorão criticou o baixista, afirmando que ele deveria ser muito grato por ter sido aceito de volta ao grupo "depois de tudo que fez" . Após quase cinco minutos de esculhambação, Champignon deixou o palco quando Chorão disse que ia tocar a música "O preço". O show continuou sem o baixista, e com a plateia gritando "arregou, arregou". A briga virou notícia após um fã, que gravou todo o discurso de Chorão, divulgar o video com a discussão no YouTube . Com a repercussão negativa da briga, Chorão e Champignon divulgaram um video no Youtube pedindo desculpas aos fãs, e reafirmando suas amizades.

Morte de Chorão

Na madrugada do dia 06 de Março de 2013, o vocalista da banda, Chorão, foi encontrado morto em seu apartamento, localizado na zona oeste da cidade de São Paulo.
Em entrevista dada no dia da morte de Chorão, Champignon, o então baixista da banda, informou que a banda estava de férias (o último show que fizeram foi no final do mês de janeiro de 2013, em Balneário Camboriú) e que o próximo show programado estava marcado para o dia 22 de março de 2013, em Campo Grande, no Rio de Janeiro. "Íamos voltar a tocar no dia 22, mas isso não vai mais acontecer". Questionado sobre o futuro da banda, ele afirmou que "só o tempo vai dizer".
Poucos dias antes de morrer, o cantor Chorão divulgou o novo single do Charlie Brown Jr., intitulado "Meu Novo Mundo", que seria lançada no próximo álbum da banda. A canção foi apresentada no dia 28 de fevereiro de 2013, em visita ao estúdio da rádio 89FM, em São Paulo. O futuro da banda após a morte de seu vocalista e principal compositor permanece incerto, entretanto, de acordo com Champignon, não há como a banda continuar em atividade com a ausência de Chorão.
Repercussão nas vendas do iTunes Brasil
Na semana da morte do Chorão, o Charlie Brown Jr. dominou a lista de compras do iTunes no Brasil. No top 10 das músicas mais compradas da semana, a banda apareceu em nove das 10 posições. O único single da lista que não era do grupo correspondia à 5ª posição. Além disso, no dia 14/03, havia sete discos da banda entre os 200 mais vendidos no iTunes Brasil. A coletânea "Charlie Brown Jr: de 1997 a 2007", figurou na segunda posição dos álbuns mais vendidos deste dia.

Fim do Charlie Brown Jr. e a formação de uma nova banda: "A Banca"

No dia 11 de abril de 2013 em entrevista à revista Rolling Stone Brasil, o baixista Champignon confirma que a banda Charlie Brown Jr. não tem como continuar sem o Chorão, mas os integrantes, Marcão, Graveto e Thiago Castanho ao lado deChampignon formarão uma nova banda chamada A Banca (uma gíria de rua, que significa um movimento de uma gangue, a gangue do Charlie Brown Jr.), onde o baixista assumira os vocais e a banda terá uma nova baixista chamada Lena Papini. Sobre o nome da nova banda, Champignon explicou:
Cquote1.svg"A gente a principio não quis continuar com o nome da banda para preservar a imagem que as pessoas têm do Charlie Brown. Depois que o Chorão morreu, nós ficamos pensando o que faríamos e, um dia, tomando banho comecei pensar que a gente não é o Charlie Brown, nós éramos a banca do Charlie Brown. Por isso nós decidimos mudar para A Banca."Cquote2.svg
Champignon
Já sobre sua ida aos vocais, Champignon comentou que também é uma homenagem a Chorão, já que Chorão havia sinalizado que ele poderia assumir os vocais da banda durante suas férias.
Cquote1.svgEle estava bem cansado e uns dois ou três meses antes de partir, ele pediu para que a gente continuasse comigo no seu lugar para ele descansar. Foi por isso que nós tivemos essa ideia de eu ir para o vocal e a gente reestruturar a formação da banda dessa forma. Então existe um aval do próprio cara antes do que aconteceu.Cquote2.svg
Champignon
A primeira apresentação da banda foi no programa Altas Horas gravado no dia 11 de abril de 2013 . A Banca foi confirmada como uma das atrações do festival João Rock 2013.
 1ª parte

Integrandes


Chorão

Alexandre Magno Abrão (São Paulo, 9 de abril de 1970 — São Paulo, 6 de março de 2013), mais conhecido pelo seu nome artístico Chorão foi um cantor, compositor, cineasta, poeta, roteirista e empresário brasileiro. Foi o vocalista, principal letrista e cofundador da banda santista Charlie Brown Jr., em que a formou em 1992 junto com Renato Pelado, Marcão, Champignon e Thiago Castanho, foi o único integrante da banda a participar de todas formações, junto com o Charlie Brown lançou dez discos e já venderam mais de cinco milhões de discos.
O apelido de Chorão veio quando ele estava vendo os amigos andando de skate, e um deles passou por ele e, para zombar dele, dizia "não chora!", já que Chorão ainda não sabia andar. E nisso o apelido pegou. Teve uma infância e adolescência difíceis, a sua mãe era doméstica, fazia pastel, cozinhava pra fora pra ele ir entregar. Chorão vivia na rua, ia mal na escola, parou de estudar na sétima série, e frequentemente tinha problemas com a polícia. Com 21 anos, foi convidado a integrar uma banda com Champignon chamada What's Up, acabou não dando certo ai montou o Charlie Brown Jr. Em 2007, Chorão roteirizou e dirigiu o filme O Magnata. Em 2009 lançou sua marca de roupas a DO.CE. Foi encontrado morto em seu apartamento, em 6 de março de 2013, em São Paulo/SP, vítima de uma overdose de cocaína.
Era primo da apresentadora de televisão Sônia Abrão.

Biografia

Início

Quando Chorão tinha doze anos, seus pais separaram-se. Aos catorze anos, sua mãe teve um derrame e quase morreu. Foi nessa época que ele começou a andar de skate, uma das suas paixões.
Chorão atuou profissionalmente no esporte na década de 80 na categoria freestyle, sendo vice-campeão paulista . Seu apelido Chorão foi dado pelos seus amigos de skate.
Já vendeu cartões de natal, foi auxiliar de câmera, caboman, iluminador. Sua mãe era doméstica, fazia pastel, cozinhava para fora para ele ir entregar.

Carreira

Charlie Brown Jr


Em 1987, com então 17 anos de idade Chorão se mudou para Santos, litoral de São Paulo, após uma infância difícil e traumática. Era conhecido pelo apelido de Chorão. Um dia, em um bar local, substituiu por acaso o vocalista de uma banda, quando o mesmo precisou se ausentar devido a necessidades fisiológicas.
Uma pessoa da plateia, ao vê-lo cantar, convidou-o para ser vocalista em sua banda. Quando o baixista da referida banda saiu, Chorão veio a conhecer Champignon, o novo baixista, uma criança de apenas 12 anos na época, formaram então a banda What's Up. Tempos depois, Chorão e Champignon decidiram convidar o baterista Renato Pelado, egresso de bandas da cidade como EcossistemaJornal do Brasil, entre outros projetos. Mais tarde, Marcão e Thiago Castanho completaram a primeira formação da banda Charlie Brown Jr. A banda, ainda sem nome, continuou a se apresentar na cidade. "Fundei e batizei a banda com esse nome em 1992. Foi uma coisa inusitada. Trombei (literalmente) com uma barraca de água de cocoque tinha o desenho do Charlie Brown, aquele personagem do Charles Schulz, mais conhecido por ser o dono do Snoopy.
E o "Jr" é pelo fato de sermos filhos do rock", se explica Chorão pelo fato de a banda se considerar "filha" de uma geração de músicos e bandas como Raimundos, nos anos 90 Chorão considerava Rodolfo Abrantes, o vocalista dessa banda, como o melhor do brasil , Nirvana, Red Hot Chili Peppers, Nação Zumbi, e Planet Hemp. A sonoridade do grupo tinha influências de grupos como Sublime, Bad Brains, 311, misturando hardcore punk, skate e reggae.
Por volta de 1993, já com esta formação da banda, eles começaram a tocar no circuito underground de Santos e São Paulo e a fazer shows em vários eventos de skate. Uma fita demo foi entregue ao Rick Bonadio, presidente da Virgin Records noBrasil e produtor dos Mamonas Assassinas, que se interessou pelo grupo e os contratou. De uma demo de três faixas surge o primeiro disco do CBJr, produzido por Tadeu Patolla e Rick Bonadio com o selo da Virgin Records. Nasce então o álbumTranspiração Contínua Prolongada. O álbum foi produzido por Tadeu Patola (ex-Lagoa 66), o álbum é bem recebido pelas rádios com as faixas "O Coro Vai Comê!""Proibida pra Mim (Grazon)""Tudo que Ela Gosta de Escutar" e "Gimme o Anel", vendendo 500 mil cópias. Na época, o baixista Champignon era menor. Consequentemente, sempre que a banda se apresentava em casas noturnas, era necessária uma autorização judicial para que o jovem baixista acompanhasse o grupo.

Morte do pai

Em meados de 2000, Chorão perdeu seu pai:
Cquote1.svg"Passei por várias dificuldades neste ano, desde financeiras... , eu perdi meu pai... , e você tem que tentar lidar com isso numa boa, até você aceitar rola uma mudança, uma metamorfose".Cquote2.svg
A banda, compreendendo a falta que seu pai fazia, decide parar e dar um tempo, até Chorão, realmente acostumar-se com a ideia de ter perdido alguém muito especial. O que levou ele a pensar em parar na banda, o que você pode encontrar na letra de: "Ouviu-se falar" e "Talvez a metade do caminho". Passaram-se seis meses até Chorão se olhar no espelho e, ver sua barba crescida, sua barriga, por engodar 20 kg, ficar em casa e não fazer nada, sem motivação... Então ele viu que não era bem isso que ele queria. Durante o mesmo tempo os outros integrantes, Champignon, Thiago Castanho, Marcão e Renato Pelado continuaram estudando e praticando sua música. Na verdade a banda estava pronta de novo, iria começar um novo capítulo.

Problemas com as drogas e a separação da 2ª esposa

Em uma entrevista dada dias após a morte de Chorão, sua ex-esposa, a estilista Graziela Gonçalves, afirmou que o cantor era dependente de drogas, e que a dependência piorou em 2005, quando ele ficou chateado com o fim da formação original da banda. Ela informou que a dependência "Não era de crack, mas sim de cocaína" . Graziela disse que ela, a primeira mulher do músico, Thais Lima, o filho dele, Alexandre, então com 23 anos, e a empresária da banda, chegaram a procurar um advogado para providenciar uma internação involuntária de Chorão.
Cquote1.svgNão deixaram que ele fosse internado. Não foram os familiares, foi por causa do trabalho. (...) O Chorão sempre achou que tinha controle sobre a situação. Ele estava havia um ano e meio usando drogas compulsivamente.Cquote2.svg

O apartamento do cantor, na zona oeste da capital paulista, seria o reduto de Chorão para o consumo de drogas, o que incomodava Graziela. Por conta disso, em meados de 2012, após 15 anos de casamento, Chorão e Graziela se separaram.
Na mesma entrevista dada dias após a morte do vocalista, ela afirmou que havia se separado de Chorão há seis meses em uma tentativa de “trazê-lo de volta”, por conta da dependência química do músico. A estilista revelou ainda que ela e Chorão nunca chegaram a se separar definitivamente e tiveram muitas idas e vindas na relação por conta da dependência de drogas do cantor .
Cquote1.svgNós estávamos afastados em razão do que estava acontecendo com ele. Lutei por ele até o fim e infelizmente quem ganhou essa guerra foi essa droga que está acabando com todo o mundo.Cquote2.svg
Em dezembro de 2012, Chorão confessou no Caldeirão do Huck que ainda gostava da ex-mulher, mas que se sentia solteiro, e que a canção Céu Azul foi inspirada nela.

Morte

Chorão foi encontrado morto por seu motorista, na madrugada de 6 de março de 2013 (uma quarta-feira), em um apartamento que ocupava esporadicamente no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Segundo a polícia, que descartou inicialmente a hipótese de homicídio, o apartamento encontrava-se em grande desordem, com garrafas vazias de bebida, embalagens de remédios e marcas de sangue.
O delegado Itagiba Franco afirmou que Chorão passava por uma depressão devido à separação da mulher, a estilista Graziela Gonçalves . Ele ainda informou que o músico era procurado pelos outros integrantes do Charlie Brown Jr. desde o meio-dia de terça-feira (05 de março). Segundo a Folha de São Paulo, a polícia acredita que a morte pode ter acontecido entre segunda e terça-feira (04 e 05 de março, portanto), devido ao estado que o corpo foi encontrado.
Uma overdose de cocaína matou Chorão, aponta o laudo necroscópico da Polícia Técnico-Científica de São Paulo.O laudo considera resultados do exame toxicológico número 5054/2013 do Instituto Médico-Legal (IML) feito no corpo de Chorão. O exame toxicológico apontou que o corpo apresentava 4,714 microgramas da droga por mililitro de sangue. Segundo os peritos, foi possível concluir, a partir dos testes, que a causa da morte foi "intoxicação exógena devido à cocainemia".

Repercussão Internacional

A morte de Chorão teve repercussão não só nacional, como internacional, onde sua morte foi destacada nos jornais Latin Times (que o apelidou de "Big Crying"), Huffington PostThe Washington PostU-T San Diego, além da Billboard norte-americana.

Velório e funeral

O velório de Chorão, aberto ao público, iniciou-se na noite do dia 6 de março no ginásio Arena Santos, e durou até às 13 horas do dia 7 de março. Mais de cinco mil pessoas passaram pelo local. A partir desse horário, ficou restrito aos familiares e amigos . Entre os famosos, estiveram presentes os integrantes das bandas Charlie Brown Jr. e NX Zero, Digão e Canisso, do Raimundos, rappers como Mano Brown e Dexter, os atores Sandro Pedroso e Alexandre Frota, e o skatista Sandro Dias. Às 15 horas, o corpo seguiu em cortejo para o cemitério, em um carro do Corpo de Bombeiros. A carreata passou pelo Chorão Skate Park, e em frente ao estádio do Santos, na Vila Belmiro.
Seu corpo foi enterrado no Memorial Metrópole Ecumênica, o cemitério vertical de Santos, localizado no bairro do Marapé, em uma cerimônia fechada ao público , mas sob muitos aplausos .
Em frente à pista de skate, na Vila Mathias, dezenas de mensagens e vasos de flores foram deixados na calçada.

Legado

"Com a morte de Chorão, o rock brasileiro perde uma referência, um ídolo à moda antiga."
Thiago Ney, jornalista, colunista do IG
Para os críticos, Chorão deixa um legado de composições poéticas. O produtor musical Rick Bonadio acredita que "O legado das músicas e letras do Chorão sem dúvida influenciaram e vão continuar influenciando muitos jovens e bandas eternamente. Acredito que, depois do Legião Urbana, o Charlie Brown Jr. seja uma das bandas mais representativas do rock nacional.".
Já segundo nota da MTV Brasil "A banda Charlie Brown Jr. foi um grande sucesso e o músico deixa um legado musical pra além de ícone de uma ou mais gerações, sua memória estará em uma coleção de grandes hits que deram uma roupagem pop e acessível ao tripé hardcore, rap e reggae, parte fundamental do universo do skate.".
Nasi, ex-vocalista do Ira!, afirma que "Chorão foi um ícone da geração de 90. Ele deixa um legado de bons discos, além do reconhecimento da parceria skate e rock brasileiro.
Para além da música, Chorão deixou legado para o skate, esporte que praticava e ajudou a difundir.
Gustavo Sirotsky, produtor do festival Planeta Atlântida acredita que a morte de Chorão representa o fim da banda. "Assim como o Legião Urbana marcou e não seguiu quando ficou sem seu líder, o Charlie Brown também fica sem líder, portanto, é dificil continuar."

Champignon

Baixista, beat-Box e backing vocal. Entrou no Charlie Brown Jr em 1992, mas saiu da banda em 2005, neste período ele gravou 7 discos com a banda, em 2011 Champignon retorna ao Charlie Brown, após Chorão publicar um texto explicando que o contrato de Heitor Gomes tinha rompido, e ambos acharam melhor a separação. Nesse mesmo comunicado ele anuncia que Champignon estaria voltando à banda, depois de quase seis anos. Esteve presente na gravação do CD e DVD Música Popular Caiçara que foi lançado em março de 2012. Permaneceu na banda até o seu final em abril de 2013 devido a morte de seu membro fundador. Posteriormente com a mesma formação da antiga banda, formou a banda A Banca. Passou debaixista para o vocais principal. Ele e Chorão se desentenderam em um show mas, após ver que um fã havia gravado a briga, os dois gravaram um vídeo selando novamente a amizade.

Thiago Castanho

Thiago Castanho entrou no Charlie Brown Jr. em 1992 e, depois de tocar nos três primeiros discos, se desligou da banda em 2001. Antes de voltar e assumir definitivamente as guitarras do Charlie Brown Jr. no ano de 2005, Thiago montou o estúdio Digital Grooves em Santos, SP, cursou administração de empresas durante seis meses e gravou um Acústico MTV com a banda Ira!. Thiago também fez parte da banda Aliados 13. Apesar da volta de Marcão, continua sendo o principal responsável pelos solos de guitarra, assim como era há vários anos, quando ainda existia a dupla na banda. Permaneceu na banda até o seu final em abril de 2013 devido a morte de seu membro fundador. Posteriormente com a mesma formação da antiga banda, integra a banda A Banca.

Marcão

Guitarrista, entrou no Charlie Brown Jr. em 1992, foi um dos responsáveis pela chegada do guitarrista Thiago Castanho, que havia sido seu aluno de guitarra. No período de sua primeira passagem na banda ele gravou sete discos, antes de sair em 2005, Marcão retorna para o Charlie Brown Jr. em 2011, durante um show no Viradão Carioca. Esteve presente na gravação do CD e DVD Música Popular Caiçara. Permaneceu na banda até o seu final em abril de 2013 devido a morte de seu membro fundador. Posteriormente com a mesma formação da antiga banda, integra a banda A Banca.

Bruno Graveto

Baterista, entrou na banda no ano de 2008 e toca desde os doze anos. Antes de entrar no Charlie Brown Jr. tocou em outras bandas, como Pipeline e O Surto. Tocou também com o baixista Heitor Gomes na banda Fusion. Permaneceu na banda até o seu final em abril de 2013 devido a morte de seu membro fundador. Posteriormente com a mesma formação da antiga banda, integra a banda A Banca.







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Gente vou disser a verdade estava super ansiosa para fazer uma homenagem a esses grandes artistas e principalmente ao chorão, muitas pessoas dizem que os  fans do Charlie Brown são pessoas que não entendem o espirito da banda ou só são fans apos a morte o chorão mas vou dizer uma coisa sendo por causa da morte ou por causa das musicas ele sempre sera eterno ate em quanto durar. 

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